Eliska Altmann

  • Sociologia, cultura e arte: um debate entre espaços e tempos

    • Com base nas coletâneas do antropólogo brasileiro Gilberto Velho – Sociologia da arte; Sociologia da arte II; e Arte e sociedade – ensaios de sociologia da arte (1966, 1967 e 1977) – à luz do livro A sociologia da arte (2008), da socióloga francesa Nathalie Heinich, o artigo traça diálogos espaço-temporais entre pensadores da sociologia da arte e da cultura. Incluídos nas organizações de Velho e analisados por Heinich, autores como Erwin Panofsky, Jean Duvignaud, Pierre Francastel e Roger Bastide terão ideias avaliadas, de modo que se verifiquem aspectos comuns em suas proposições teóricas e metodológicas, bem como suas pertinências no debate contemporânea. A análise de pressupostos clássicos, a abrangerem mundos artísticos e sociais, visa a uma contribuição conceitual e a uma reflexão atual sobre o campo.
    • Revista Unisinos
  • Identidades e novas direções da crítica brasileira: o caso da recepção de Vazante

    • A partir do estudo de caso da recepção do filme Vazante no contexto nacional, o artigo indica hipóteses sobre novas direções da crítica cinematográfica, dentre as quais se destacam: a ênfase em dimensões de pertencimento identitário; a valorização de participação presencial e direta nos debates; e a indicação de conhecimento proveniente da crítica. Argumenta-se que tais direções expressam demandas relevantes por conferir visibilidade a reivindicações de justiça e ao sentido histórico de desigualdades, em particular a seus efeitos no campo cinematográfico. Notamos também possíveis impasses indicados pela crítica, sobretudo referentes a aspectos que fundamentaram parâmetros críticos convencionais.
    • Revista Scielo
  • A crítica segundo a crítica latino-americana

    • A crítica segundo a crítica latino-americana Com base na noção de “auto-representação”, propomos um mapeamento sociológico do campo da crítica cinematográfica na América Latina, de modo a verificar como ele é construído por seus próprios agentes. Por meio de discursos e relatos, tratamos de identificar “tipos puros” que compõem o métier: “ilustrados” e “melancólicos”, “iniciados” e “propositivos” são construções conceituais extraídas de entrevistas com críticos argentinos, brasileiros, cubanos e mexicanos, realizadas entre os anos de 2006 e 2013.
    • Editora Cubo
  • Formação, campo e ocaso: registros da crítica cinematográfica na América Latina

    • No contexto dos estudos da recepção, o artigo traz resultados de uma pesquisa sobre crítica cinematográfica na América Latina por intermédio de pressupostos sociológicos. Formação, campo e um suposto ocaso da função da crítica são elementos-chave para a discussão dos personagens em questão. Assim, com base em entrevistas com críticos da Argentina, de Cuba e do México, são discutidas questões do tipo: qual o papel específico da crítica nesses países? E qual o seu estado nos dias de hoje em comparação a sua institucionalização nos anos de 1950/1960? Apesar da dificuldade de se chegar a uma definição estrita sobre a instituição “crítica”, busca-se 1) valorizar o debate sobre recepção de bens culturais, e 2) compreender certo circuito latino-americano nele inscrito.
    • Revista Scielo
  • O Brasil imaginado na América Latina - a crítica de filmes de Glauber Rocha e Walter Salles

      • Grua Meu Livro
      • Tendo como base uma investigação de críticas de filmes de Glauber Rocha e Walter Salles, este livro busca desvendar imaginações do Brasil no continente latino-americano. Seu ponto fundamental consiste em mostrar que se pode constatar um sentido de permanência na recepção das imagens brasileiras realizada entre 1960 e 2000, cuja relevância aumenta quando se observa que tal recorte compreende dois momentos distintos do cinema e do mundo social. Não obstante o intervalo temporal que separa os dois cineastas e a distância espacial que envolve os países em questão – Brasil, Argentina, Cuba e México – os textos críticos evidenciam seja uma concepção de comunidade latino-americana, seja a persistência de aspectos e cenários peculiares. Assim, indaga-se como e por que tais ideias continuam a se legitimar, buscando-se mapear os agentes relevantes do circuito que confere o predomínio e a permanência de determinada representação brasileira.
  • Audiovisual e América Latina: estudos comparados

      • Audiovisual e America Latina
      • Artigos apresentados no Encontro da SOCINE de 2018, no ST “Audiovisual e América Latina: estudos estético-historiográficos comparados”.
        Confira o e-book

Eliska Altmann &
Tatiana Bacal

  • Coleção Cinema em livro: Eduardo Coutinho

      • colecao Coutinho Vale colecao Coutinho Vale colecao Coutinho Vale colecao Coutinho Vale colecao Coutinho Vale
      • A colecao “Cinema em Livro: Eduardo Coutinho”, editada e publicada pela 7Letras, reúne cientistas sociais e cineastas para escreverem sobre 19 documentários do diretor. Cada filme “visto por…” intitula um livro, estabelecendo diálogos (ou jogos) entre dois campos: o das ciências sociais e o do cinema documentário, com suas tensões e proximidades. Da coleção já foram publicados os seguintes livros:
      • 1) Últimas conversas, 2015 – Jordana Berg, Consuelo Lins e Carlos Nader
      • 2) Seis dias de Ouricuri, 1976 – João Marcelo Ehlert Maia e Simplício Neto
      • 3) Jogo de Cena, 2007 – Isabel Penoni e Sandra Kogut
      • 4) Cabra marcado para morrer, 1964-1984 – Leonilde Medeiros e Flavia Castro
      • 5) Theodorico, o imperador do sertão, 1978 – Alexandre Vieira Werneck e Marcelo Pedroso
      • 6) Peões, 2004 – José Sérgio Leite Lopes/Marta Cioccari e Renato Tapajós
      • 7) Volta Redonda, memorial da greve, 1989 – José Ricardo Ramalho e Vladimir Carvalho
      • 8) Santo forte, 1999 – Ruben Caixeta de Queiroz e Elizabeth Formaggini
      • 9) O fio da memória, 1991 – Peter Fry e Joel Pizzini
      • 10) Um dia na vida, 2013 – Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque e Luís Alberto Rocha Melo
      • 11) A família de Elizabeth Teixeira e Sobreviventes da Galileia, 2014 - Regina Novaes e Silvio Da-Rin
      • 12) Moscou, 2009 - Marco Antonio Gonçalves e Fellipe Barbosa
      • 13) Babilônia 2000 - Angela Torresan e Cristiana Grumbach
      • 14) Boca de lixo, 1992 - Maria Raquel Passos Lima, Theresa Jessoroun e Vitor Grunvald
      • 15) Os romeiros do Padre Cícero, 1994 - Daniel Bitter, Andréa Falcão e Ana Rieper

Sabrina Parracho
Sant'Anna

  • Presságios e projetos: o incêndio do MAM e os rumos da arte contemporânea

    • Na revisão bibliográfica, a História e a Crítica de Arte têm se referido às décadas de 1960 e 1970 como ponto de inflexão. O período estaria, para muitos, estreitamente relacionado à emergência de um paradigma contemporâneo na arte e ao declínio da lógica moderna de sucessão de vanguardas e modernismos. O incêndio no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1978, ao destruir a instituição de memória moderna, criada em meados do século XX, foi capaz de fazer com que diversos atores ligados ao museu discutissem os rumos do contemporâneo na cidade e encenassem, com diferentes projetos, os destinos possíveis da arte contemporânea.
    • Revista VIS
  • Museus e cidade: o caso do MAR na Zona Portuária do Rio de Janeiro

    • O objetivo deste texto é discutir a possibilidade de construção de uma instituição de arte, a partir da formação de redes que agregam diferentes agentes sociais e de negociações para a emergência de um projeto compartilhado. Para pensar estas questões, pretendo, portanto, investigar como é possível a dissolução de controvérsias e a formação de consensos que resultam em um horizonte de entendimento em torno do moderno, do contemporâneo, e de um modelo de cidade global (e/ou criativa). Construído em uma década de disputas, o MAR parece ser revelador tanto do lugar destinado aos museus na contemporaneidade, quanto das negociações estabelecidas entre /diversos setores da sociedade carioca.
    • Jornal UECE
  • Sociologia da Arte - notas sobre a construção de uma disciplina

    • Este artigo busca situar a Sociologia da Arte em face à evolução da produção internacionale de sua repercussão para a formação da área no Brasil. A partir dos debates dos anos 1960, realizados na França e nos Estados Unidos, destacamos alguns desenvolvimentos teórico-metodológicosno cenário internacional. Assim também, procuramos entender o particular desenvolvimento da área no Brasil e seu crescimento a partir da consolidação do próprio mercado de arte no país e, sobretudo, de políticas públicas que direcionaram a produção artística e, eventualmente, fizeram surgir novos objetos de pesquisa.
    • Dialnet
  • O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

    • Em anos recentes, muito tem se falado sobre os processos de inflação de memória, de espetacularização dos museus e de proliferação de espaços exibitórios como cultura de massas. Além do crescente número de análises que têm sido produzidas na academia sobre o tema, o discurso em torno da musealização tem invadido o cenário das políticas públicas brasileiras.
    • Books Open Edition
  • Construindo a memória do futuro: uma análise da fundação do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

      • Construindo a Memória do Futuro
      • O processo de criação do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro é analisado neste livro a partir de uma perspectiva original – um paralelo com o MoMA de Nova York. A autora expõe diferenças e semelhanças entre as duas instituições e ainda discute o conceito de modernidade ao fazer uma comparação entre os primeiros diretores do MAM. O livro apresenta, assim, relevante contribuição para o entendimento das instituições de memória criadas no meio do século XX e para a compreensão dos diferentes projetos que construíram uma modernidade brasileira.
  • Arte e política: a consolidação da arte como agente na esfera pública

    • Este artigo se debruça sobre recentes movimentos, constituídos nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, que constroem uma narrativa em que performances e instalações vêm ganhando espaço dentro e fora das instituições como formas de atuação política, num crescente processo de “artificação” da esfera pública e politização da arte. Argumentamos que o fracasso da fusão arte e vida tão debatido por Peter Bürger parece ter novos desdobramentos. Mais do que a crítica política à instituição, o que parece estar em jogo é a incorporação da política como terceiro termo capaz de efetivamente conferir novo lugar à arte na esfera pública. Ações artísticas estão sendo incorporadas pelos militantes nas ruas e ações políticas estão sendo apropriadas pelas instituições museais. Dessa forma, nossa hipótese é de que em junho de 2013 inaugura-se no Brasil um movimento de transformação da experiência artística em elemento político.
    • Revista Scielo

Sabrina Parracho Sant'Anna &
Guilherme Marcondes

Tatiana
Bacal

  • Una categoría en acción: los productores

    • Este artículo tiene como objetivo investigar el surgimiento de nuevos agentes artísticos que se autodenominan –o son identificados– como productores y que atribuyen autenticidad a sus actividades expresivas al percibir las tecnologías digitales como parte constitutiva de su creatividad e inspiración. Sugiero que los productores se clasifican a través de varias auto-denominaciones, a la vez que este concepto está siendo utilizado para cubrir un vacío definitorio de dichos agentes. La fuerza de la categoría es crear mediaciones entre diversas esferas de actuación y, para ellos, los productores y sus obras son tratados metodológicamente y conceptualmente como “personas distribuidas”. El texto de basa en trabajo de campo con productores e intenta reconstruir sus espacios de sociabilidad, físicos y virtuales, y observar sus procesos creativos y performances.
    • SEDICI
  • O produtor como autor: o digital como ferramenta, fetiche e estética

      • O produtor como autor
      • Neste trabalho instigante e atualíssimo, a antropóloga Tatiana Bacal analisa o surgimento de novos agentes artísticos, os “produtores”: artistas que se utilizam de tecnologias eletrônicas para a concepção de suas criações, a partir de loops, plug-ins e de uma estética da repetição baseada na montagem digital. Este novo sentido de autoria, ligado à ideia de autoprodução, impõe novas condições de manifestação da arte e da construção de uma obra, bem como uma nova percepção do indivíduo no contexto artístico e musical contemporâneo.
  • Música, máquinas e humanos – os DJs no cenário da música eletrônica

      • Livro Música, Máquinas e Humanos
      • O tema deste livro trata dos DJs de música eletrônica e do seu papel como criadores musicais. O caminho traçado do anonimato ao lugar de artista está intimamente relacionado às inovações tecnológicas. E, estas, por sua vez, se abrem para experimentações em esferas musicais, viabilizando novos modos de criação musical, novos modos de musicalidade e novos artistas. A pesquisa foi realizada através de etnografia em festas e em eventos de música eletrônica, assim como em alguns espaços de sociabilidade (físicos e virtuais) e de entrevistas com DJs no eixo Rio – São Paulo.

Fabián
Nuñez

  • Reflexões sobre a Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro na virada dos anos 1960 aos 1970

    • A gestão de Cosme Alves Netto à frente da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) ficou celebrizada pela importante atuação cultural que a instituição exerceu na época. É possível afirmar que sua administração marca o começo de uma nova fase da Cinemateca desse museu. Este artigo visa tecer reflexões sobre as ações da Cinemateca do MAM-RJ durante a Ditadura Militar brasileira (1964-1985), em particular, na virada dos anos 1960/1970.
    • Revista USP
  • Uma análise do pensamento “industrialista” no Nuevo Cine Latinoamericano nas revistas de cinema latino-americanas (1969-1980)

    • Este artigo visa estudar as ideias do pensamento “industrialista” do Nuevo Cine Latinoamericano (NCL), a partir da análise de textos e entrevistas publicadas em revistas especializadas cinematográficas latino-americanas de 1969 a 1980. No seio do NCL, a virada das décadas 1960/70 é marcada pela querela entre o “cinema industrial” e o “cinema clandestino”. Podemos resumir essa querela como posições divergentes acerca da questão da indústria cinematográfica nacional. Afirmamos que a vertente do “cinema clandestino” é fortemente ressaltada na historiografia sobre o NCL, reproduzindo a recepção na época. Por isso, postulamos a necessidade de mais estudos e análises da vertente “industrialista” no interior do NCL. Os periódicos utilizados na pesquisa são Cine Cubano (Cuba), Hablemos de cine (Peru) e Cine al día (Venezuela).
    • Revista Unisinos
  • Para além do ano 2000, pensar cinema no Brasil

    • Esta recopilación de datos sobre publicaciones sobre cine en Brasil desde el año 2000 no tiene el objetivo de ser exhaustiva. Sin embargo, la dificultad de acceso a toda la bibliografía existente limitada a los datos disponibles en algunos sítios de la internet no impidió un amplio estudio de las obras publicadas. A los libros editados se han añadido tesis y disertaciones defendidas en las principales universidades del país. No han sido considerados como pertinentes los estudios sobre televisión, un campo aparte. Se trata de una contribución pionera a los estudios del área, que debe ser actualizada de forma permanente.
    • Revista Innovacion
  • Notas para um estudo sobre a Unión de Cinematecas de América Latina

    • O presente artigo visa lançar as bases para uma análise da formação da Unión de Cinematecas de América Latina (UCAL). Criada em 1965, a UCAL visa dar visibilidade e articulação às jovens cinematecas latino-americanas. Por sua vez, a segunda metade dos anos 1960 pode ser interpretada como a consolidação ideológica do Nuevo Cine Latinoamericano (NCL), o que também põe em questão o papel de uma cinemateca em nosso subcontinente.
    • Revista USP

Guilherme
Marcondes

  • Sobre o cotidiano da arte contemporânea: os artistas e os editais

    • Este trabalho parte da ideia de que o mundo da arte passa por um momento de construção de novos cânones e novas regras, após o advento da chamada Arte Contemporânea. Uma das questões atuais é a necessidade cada vez maior de participação dos artistas em seleção de editais públicos, promovidos por instituições museais, galerias comerciais, instituições públicas de fomento à cultura etc.
    • Periodicos
  • Crítica de arte e a curadoria de exposições: disputas por uma autoridade legitimadora

    • O advento da Arte Contemporânea trouxe a tentativa de destruir os cânones vigentes na Arte Moderna, com isso novos atores sociais e modos de percepção e recepção artísticos nasceram. Há o surgimento de uma nova morfologia para o mundo da arte. Neste contexto, há quem defenda que os críticos de arte perderam um espaço na esfera de legitimação da arte. Até então os críticos eram percebidos como os principais agentes legitimadores da arte, porém com a ascensão da morfologia que dá suporte a Arte Contemporânea, os curadores de exposições são hoje encarados como detentores deste poder legitimador. O objetivo aqui é compreender o que são a crítica e a curadoria debatidos hoje, assim como explicitar o que está em jogo quando se apregoa a morte de uma carreira em prol do exercício de outra.
    • Periodicos
  • O que representam os vernissages?

    • Este ensaio busca compreender os ditames que regem o universo da arte a partir da interação social dos atores que o compõem no decurso dos vernissages. Estes aparentemente são apenas celebrações à arte, quando da abertura de uma exposição, porém, aqui eles são percebidos como ocasiões que explicitam as diferentes categorias sociais que mantêm e reproduzem as regras sociais que constroem a esfera artística cotidianamente. Deste modo, o objetivo deste ensaio é a compreensão do que os vernissages representam, assim como entender a hierarquia que dirige as ações e os interesses daqueles que os frequentam.
    • Mundo da Arte
  • Arte e sustento: os jovens artistas e suas estratégias de sobrevivência

  • Conversa com Guilherme Marcondes, por Luiz Camillo Osorio

  • Aspectos da crítica sobre jovens artistas nas páginas do Jornal do Brasil (1950-2000)

    • O objetivo deste artigo é compreender como jovens artistas / artistas emergentes / artistas em início de carreira foram sendo representados/as/xs nas críticas de arte veiculadas pelo Jornal do Brasil (JB) na segunda metade do século XX. Pergunta-se porque o jornal destinou tantos recursos e espaço nas suas páginas para tratar de jovens artistas ainda desconhecidos e em processo de legitimação pelo circuito de arte? E, ainda, quais foram os valores acionados para reconhecer e até mesmo consagrar alguns artistas e excluir outros? Essas são algumas das perguntas que levaram ao estudo de três casos típicos da crítica no período analisado, aqui caracterizados como: arte com estirpe; arte com personalidade e magia; e o mercado de arte e a arte jovem. A escolha do JB se deu pela sua importância para a circulação da crítica de arte e legitimação de carreiras artísticas naquela época. O texto utiliza pesquisa realizada na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, que resultou na escolha de matérias consideradas expressivas dos modos de representação dos jovens artistas visuais/plásticos/as/xs ao longo de seis décadas
    • Teoria e Cultura
  • Poética y política “allí donde está la gente” – una conversación con Clemente Padín sobre más de cinco décadas de su arte/vida

Jorge de
La Barre

  • Vigilância festiva: O Rio dos megaeventos

    • Centro privilegiado do signo, da mídia e do código, a cidade é o lugar do consumo visual por excelência, proporcionando uma sensação de simultaneidade e de interconexão global. Verificamos isso particularmente em tempos de megaeventos, quando as cidades-sede recebem um influxo extraordinário de visitantes estrangeiros e entram num transe hiper-mediático. Em preparação para os megaeventos de 2014 e 2016, a cidade do Rio de Janeiro tem experimentado um choque de agenda permanente, caracterizado por importantes projetos de renovação urbana, acompanhados por remoções e pacificação de favelas. A afirmação oficial do Rio como cidade global e de megaeventos (esportivos e outros) corresponde uma vontade hegemônica de misturar espaço público festivo e publicidade. A partir dos trabalhos de Sharon Zukin e de David Harvey sobre consumo visual e controle social, questionamos a produção desse modelo de cidade festiva. No Rio de Janeiro mais particularmente, a festa hegemônica aparece como o lugar da resolução negativa, ou seja de uma negação dos conflitos.
    • Revista USP
  • Capturados pela cidade. Perspectivas em pesquisa urbana: Nova York, Paris, Rio de Janeiro

  • Música, cidade, etnicidade: explorando cenas musicais em Lisboa

    • Este artigo discute os modos como a música e as cidades intera- gem num contexto acrescido de inter-conexões entre o local e o global. Na base da existência da assim chamada “cultura global”, as cidades reinventam-se, promovendo várias auto-deinições (às vezes conlictuais). No caso de Lisboa, esta tendência é acompa- nhada por um desejo aparentemente acrescido de conectar ou re-conectar o mundo lusófono, que documenta eventualmente as auto-imagens de Lisboa como cidade inclusiva e multicultural. Neste processo, novas formas de etnicidade podem ganhar visibi- lidade na mercantilização da Luso-world music (ou seja, a world music praticada nos países lusófonos). No horizonte das cidades imaginadas como “megacidades transculturais”, a música tende a ganhar espaço na promoção dos sentimentos de lugar e pertença na e à cidade.
    • Matéria